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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A culpa é deste povo imbecilizado e macambúzio...

A culpa não é de Sócrates. É nossa
Helena Matos Email
22/11/2014, 17:385910.824 PARTILHAS
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Isto não tinha que ser assim. Não tínhamos de ver um antigo primeiro-ministro a ser levado dentro de um carro pela polícia. Não tínhamos de ver o circo montado novamente à porta do DCIAP.



CASO SÓCRATES
HELENA MATOS
JUSTIÇA
OPERAÇÃO MARQUÊS~



Isto não tinha que ser assim. Não tínhamos de ver um antigo primeiro-ministro a ser levado dentro de um carro pela polícia. Não tínhamos de ver o circo montado novamente à porta do DCIAP. Não tínhamos de assistir mais uma vez aos políticos a perderem a face perante a justiça. Mas os portugueses quiseram que fosse assim. E tanto quiseram que em 2009, indiferentes ao que já se sabia sobre a actuação de Sócrates no Freeport e muito particularmente nessa vergonha nacional que foi o processo de licenciamento e construção da central de tratamentos de lixos da Cova da Beira, 2 077 695 eleitores lhe deram o seu voto para que continuasse como primeiro-ministro. É certo que o PS perdeu então a maioria absoluta mas note-se que não se pode falar de desastre eleitoral: em 2005, ano da grande vitória de Sócrates, o PS tivera 2 588 312. Que Sócrates continuasse a obter mais de dois milhões de votos depois do que sucedera entre 2005 e 2009 diz muito sobre a nossa alienação de valores.

Aos olhos e ouvidos dos eleitores portugueses, tudo aquilo que em 2009 já se sabia sobre Sócrates – e era muito – a par do fascínio crescente e perigoso que este manifestava por um Estado agente de negócios não foi suficiente para que não lhe dessem maioritariamente o seu voto. Eram os tempos em que a líder da oposição era ridicularizada como “a velha” pela milícia dos assessores socráticos devidamente corroborados pelo riso escarninho dos humoristas de serviço a quem, vá lá saber-se porquê, Sócrates nunca inspirou muitas críticas. Eram os tempos em que criticar Sócrates valia telefonemas aos gritos para os autores desses textos (e sei do que falo por experiência própria) logo apelidados na mais bonançosa das versões como tremendistas, derrotistas e bota-abaixistas. Eram os tempos em que nada parecia possível ser feito em Portugal contra a vontade de Sócrates. Em que, por exemplo, nenhuma editora, que por essa época tudo ediatavam, quis publicar a investigação – e tratava-se de uma verdadeira investição e não de palpites – que um blogue, o Do Portugal Profundo, fizera sobre a licenciatura do então primeiro-ministro. E sobretudo eram os tempos em que se arreigou na sociedade portuguesa esse perverso princípio de que o direito penal substituira a moral.

Sentados em estúdios de televisão, rádio, nos jornais, blogues… todos os dias dirigentes socialistas e seus compagnons de route repetiam que tendo sido encerrados os processos e investigações só por má-fé se poderia questionar a licenciatura domingueira de Sócrates, a novela das suas duas fichas na Assembleia da República, os projectos para as casas da Covilhã, a nomeação para o Eurojust do procurador sobre o qual recaíra a suspeita de ter transmitido informações processuais a Fátima Felgueiras, o Freeport, a Cova da Beira…

Em Portugal passou então a vigorar o dogma de que não há diferença entre responsabilidade política e responsabilidade criminal. E exactamente os mesmos que tanto contribuíram para a impunidade de que gozou José Sócrates já começaram na velha técnica das cabalas: devia ser detido à noite? Porque não foi detido em casa? Que estranha coincidência, ser detido na véspera de António Costa ser reconhecido como secretário-geral do PS… Deixemo-nos de contorcionismos: não há dia ou hora adequados para prender um ex-primeiro ministro porque em todos os dias e a todas as horas a detenção de quem teve tais responsabilidades terá sempre consequências políticas. Por exemplo, o que vai António Costa, que entretanto divulgou uma primeira declaração equilibrada sobre este caso, fazer com o homem que escolheu para líder parlamentar, Ferro Rodrigues? Ferro Rodrigues continua sem perceber duas coisas essenciais: primeiro, um partido de bem não pode alimentar a nostalgia por um político com o perfil institucional de Sócrates, (sublinho que falo de pefil institucional e não de questões criminais). Segundo, Portugal é uma democracia onde não há partidos acima da lei e não um regime democrático tutelado pelo PS. Como em todos os processos que envolvem poder económico e político haverá quem aposte na confusão. Lembram-se do processo Casa Pia em que acabámos a não distinguir os pedófilos das vítimas, a justiça do abuso e a verdade da mentira? (Esperemos apenas que à actual PGR não esteja reservado o mesmo calvário que a Souto Moura).

Falam agora os políticos na possibilidade de uma república de juízes. Agora é tarde para o fazerem, “Inês é morta”. É de facto uma visão dantesca essa de uma república de juízes mas foram eles, os políticos, e neste caso particularmente os do PS, ao pôr de lado a moral e ao centrar tudo no avanço da justiça, ou mais precisamente na sua capacidade de fazer arquivar os processos, quem sentou um dos seus, Sócrates, no banco traseiro daquele carro utilitário que o levou do aeroporto até ao DCIAP. E foram os portugueses, enquanto eleitores, sancionando o comportamento de Sócrates, dando-lhe a vitória em 2009, quem depositou Portugal na mão das polícias e dos juízes.

Na vida nunca se volta atrás e na política muito menos. Por isso aqui estamos no beco a que nos conduzimos: se Sócrates provar a sua inocência ficamos a com a justiça descredibilizada. Se Sócrates for culpado estamos perante um problema político. Mas deste dilema os únicos culpados somos nós. E não Sócrates.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

UM POLÍTICO DUVIDOSO

Um político "duvidoso", "sempre borderline", "sanguíneo, autoritário e de estilo cintilante à la Sarkosy". É assim que o jornal francês "Libération" descreve José Sócrates, num artigo, publicado esta quinta-feira, sobre a detenção do ex-primeiro ministro português.

O caso Sócrates, diz o jornal, "corresponde a um novo degrau de imoralidade na vida pública". No artigo, assinado pelo correspondente do "Libération" em Madrid, descreve-se as suspeitas que levaram à acusação do ex-governante por fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capital. Explica-se como "o modo de vida em Paris chamou a atenção da brigada financeira portuguesa", como o seu motorista "fazia regulares viagens Lisboa-Paris para lhe entregar grandes quantidades de dinheiro em cash" e como o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva serviu de pivô num esquema de transferencias financeiras. O "apartamento no valor de 2,8 milhões de euros, a frequência de restaurantes de luxo e as escutas telefónicas fizeram o resto".

E o resto é muito. Desde logo, o escândalo desmontou a imagem do "antigo líder socialista que, em maio de 2011 se demitiu, enquanto o seu país estava à beira da falência". Sócrates queimou o seu "retrato político bem merecido, de um cidadão honesto que serviu o seu país o melhor possível" e que "no final do seu primeiro mandato obteve resultados visíveis na mudança de uma administração pública anquilosada". Passou a ser "o líder duvidoso, esse produto mediático ou o politico Armani (citando o 'Público', que sublinhava o seu lado esquerda-caviar) envolvido em vários escândalos dos quais conseguiu, de cada vez, escapar às garras da justiça".

O texto do "Libération" termina com uma análise de Fernando Rosas, apresentado como historiador. "Desde o princípio, ele foi esse jovem lobo, oportunista, sem ideologia, obcecado por escalar todos os degraus até ao poder supremo, sempre borderline". Apresentado como "antigo militante do partido de direita, o PSD, passou para os socialistas em 1981" e acrescenta-se à biografia de Sócrates ter sido "admirador de Tony Blair" mas que "sempre conheceu um percurso pouco claro". "Há mesmo fortes hipóteses do seu diploma de engenheiro civil, obtido em 1980, ser falso", conclui o artigo.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

SOCRATISMO...

É talvez altura de nos curarmos de vez do socratismo. Durante muitos anos muita gente não quis ver, não quis ouvir, não quis ler, recusou tomar conhecimento. Sócrates estava acima disso. Sócrates não tolerava dúvidas. Mas é altura de aceitar a realidade.

CASO JOSÉ SÓCRATES
OPERAÇÃO MARQUÊS

Uma parte do país – e um contingente notável de comentadores – parecem continuar em estado de negação. Durante anos não quiseram ver, não quiseram ouvir, não quiseram admitir que havia no comportamento de José Sócrates ministro e de José Sócrates primeiro-ministro demasiados “casos”. Em vez disso só viram cabalas, só falaram em perseguições, só trataram eles mesmo de ostracizar ou mesmo perseguir os que se obstinavam em querer respostas, os que insistiam em não ignorar o óbvio, isto é, que Sócrates não tinha forma de justificar os gastos associados ao seu estilo de vida.

Agora, que finalmente a Justiça se moveu, eles continuam firmes na sua devoção – e nas suas cadeiras nos estúdios de televisão. Não lhes interessa conhecer o que se vai sabendo sobre os esquemas que Sócrates utilizaria para fazer circular o dinheiro, apenas lhes interessa que parte do que foi divulgado pelos jornais devia estar em segredo de Justiça. Antes, anos a fio, quando não havia segredo de justiça para invocar, desvalorizaram sempre todas as investigações jornalísticas que tinham por centro José Sócrates.

Isto é doentio e revela até que ponto o país ainda não se libertou da carapaça que caiu sobre ele nos anos em que o ex-primeiro-ministro punha e dispunha. Nessa altura também muitos, quase todos, se recusavam a ver, ouvir ou ler, até a tomar conhecimento. Não me esqueço, não me posso esquecer que quando o Público, de que eu era director, revelou pela primeira vez a história da licenciatura, seguiu-se uma semana de pesado silêncio que só foi quebrada quando o Expresso, então dirigido por Henrique Monteiro, resistiu às pressões do próprio Sócrates e repegou na história e denunciou as pressões. Não me esqueço que tivemos uma Entidade Reguladora da Comunicação Social que fez um inquérito e concluiu que o silêncio de toda a comunicação num caso de evidente interesse público não resultara de qualquer pressão – a mesma ERC que depois condenaria a TVI por estar a investigar o caso Freeport. Como não me esqueço de como uma comissão parlamentar chegou mais tarde à mesma conclusão, tal como não me esqueço de como vi gestores de grandes empresas deporem com medo do que diziam.

Muitos dos que agora rasgam as vestes porque o antigo primeiro-ministro foi detido no aeroporto foram os mesmos que nunca quiseram admitir que havia um problema com Sócrates, com os seus casos, com o seu comportamento, com o seu autoritarismo. E também com o seu estilo de vida.

Há momentos que chegam a ser patéticos. Como é possível, por exemplo, que um homem supostamente inteligente, como Pinto Monteiro, queira que nós acreditemos que foi convidado por José Sócrates para um almoço, de um dia para o outro, numa altura em que o cerco se apertava, e que, naquele que terá sido o seu primeiro almoço a sós, só falaram de livros e viagens, como se fossem dois velhos amigos? Como é possível que continue a defender a decisão absurda sobre a destruição das escutas? Ou a achar que nada mais podia ter sido feito na investigação do caso Freeport?

Mas há também um lado doentio e provinciano na forma como se tem comentado este caso. Uma das raras pessoas que detectou essa anormalidade foi Nuno Garoupa, professor catedrático de Direito nos Estados Unidos e que, por ter respirado ares mais arejados, não teve dúvidas, notando que “nós é que vivemos num mundo mediático”, não é a Justiça que cria o circo, como se repetiu ad nauseam nas televisões. Mais: “A opinião pública pode e deve fazer um julgamento político, independentemente do julgamento legal e judicial. A política e a justiça não são a mesma coisa.” Ou seja, deixem-se da hipocrisia do “inocente até prova em contrário”, pois isso é verdade nos tribunais mas não é verdade quando temos de julgar politicamente alguém como José Sócrates. O julgamento político, como ele sublinha, não está sujeito aos mesmos critérios do julgamento penal.

A clareza do debate político exige pois que saibamos fazer distinções. A distinção que António Costa fez logo na madrugada de sábado, quando disse que “os sentimentos de solidariedade e amizade pessoais não devem confundir a acção política do PS”, é justa e mantém toda a sua pertinência. Se o PS tem conseguido manter a frieza – quase todo o PS, pois são raras e muito pontuais as excepções –, é importante para esse mesmo PS ir mais longe. E tocar um ponto nevrálgico: aquilo que nós, cá fora, sabíamos sobre as excentricidades e as práticas de José Sócrates dão-nos apenas uma pequena amostra do que se sabia em muitos círculos do PS. Sabia, mas não se comentava, mal se sussurrava.

Vou mais longe: nos partidos estas coisas são conhecidas. Pelo menos no PSD e no CDS, para além do PS. Ninguém ficou surpreendido quando a Justiça caiu sobre Duarte Lima – todos os seus companheiros de bancada conheciam as suas excentricidades. Pior: muitos ainda hoje comentam como a Justiça ainda não apanhou alguns antigos secretários-gerais, aqueles que tratavam das contas e apareceram ricos de um dia para o outro. Pior ainda: nos bastidores dos partidos as histórias de autarcas, em particular de alguns dinossauros, são infindáveis. E há longínquas férias na neve de dirigentes partidários que incomodam os seus correligionários sem que nada aconteça para além de um comentário fugaz.

Vamos ser claros, deixando a hipocrisia do respeitinho de lado. A dúvida que havia sobre José Sócrates era sobre se seria algum dia apanhado. A percepção que corroía a confiança nas instituições não era sobre se os seus direitos humanos poderiam vir a ser negados (a sugestiva preocupação de Alberto João Jardim), mas sim sobre se algum dia um aparelho judicial que, anos a fio, pareceu amestrado seria capaz de apanhar alguns dos fios das muitas meadas tecidas pelo antigo primeiro-ministro.

Escrevi-o muitas vezes e vou repeti-lo: José Sócrates foi a pior coisa que aconteceu na democracia portuguesa nos últimos 40 anos, e não o digo por causa da bancarrota. Digo-o por causa da forma como exerceu o poder, esperando fazê-lo de forma absoluta, sem contestação, sem obstáculos, sem críticos. Não os tolerava no PS, no Governo, nos jornais, nos bancos, nas grandes empresas do regime.

Não sou a primeira pessoa a descrever assim José Sócrates. Nem essa descrição é recente. Recordo apenas um texto de António Barreto, de Janeiro de 2008 (há quase sete anos, bem antes da bancarrota), onde se escrevia que “o primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”. Lembram-se? Eu não o esqueci.

O que distingue o socratismo não é uma visão da forma de ser socialista, é uma visão schmittiana de exercício do poder. Compreendo que o seu estilo de líder forte possa ter fascinado quem cavalgou a onda, mas é bom que hoje olhem para o elixir que provaram e que os inebriou, e percebam que era um veneno. Ou seja: acordem para a realidade. Depois do que se passou nos últimos dias, do que já sabemos sobre os contornos do processo e das acusações, do que imaginamos mas ainda não sabemos, a pergunta que muitos têm de intimamente fazer é “como foi possível?”, “como é que acreditei?”. Porque se não forem por esse caminho o seu único refúgio acabará por ser uma qualquer teoria da conspiração como a imaginada pelo insubstituível MRPP.

Ao contrário do que se repetiu à exaustão, o carácter não é um detalhe em política. E se ninguém deve apagar rostos em fotografias, à la Stalin, também é preciso de olhar de frente para o que, no passado, recomenda que se exorcizem fantasmas, demónios, maus hábitos e práticas não recomendáveis.

AUTOR: JOSÉ MANUEL FERNANDES

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

RESGATAR PORTUGAL

O grande mal dos nossos políticos tradicionais é que, em regra, usam essa atividade em benefício pessoal. A maioria deles serve-se dela e dos recursos que o país põe ao seu dispor, não para a realização de fins coletivos mas em benefício próprio, da família e das suas clientelas partidárias. Servem-se do país e não servem o país. Para isso criaram uma insuportável promiscuidade entre a política e os negócios privados. As pessoas mais sérias e mais honestas da sociedade portuguesa fugiram da política ou nem sequer se aproximam dela. Esta transformou-se numa reserva quase exclusiva dessa nomenclatura de medíocres e de oportunistas que está a destruir Portugal, a empobrecer o país e os portugueses (enquanto eles se governam e enriquecem) e a obrigar os nossos jovens a procurar no estrangeiro aquilo que a sua pátria lhes devia proporcionar. Essa nomenclatura está, enfim, a destruir o nosso futuro coletivo.

Uma das consequências mais nefastas dessa cultura oportunista e predatória foi a castração moral de um sector da juventude portuguesa, precisamente aquele que desde praticamente a adolescência é amestrado nas organizações juvenis partidárias para reproduzir os estereótipos e os clichés político-culturais que fizeram os seus mestres enriquecerem na política. É deprimente ver jovens, que deveriam estar motivados pela grandeza de ideais altruístas ou mobilizados pela generosidade de causas coletivas, a apunhalarem-se entre si nas juventudes partidárias, a traficarem interesses mesquinhos, a propalarem obscenas mentiras só porque as julgam úteis aos seus desígnios egotistas, a fazerem, em corruptela, aquilo que observam nos seus mentores decadentes. E, sobretudo, é degradante vê-los a papaguear, num mimetismo patético, os discursos de mentira e de cinismo dos seus mestres políticos. Estes jovens já estão velhos ou então envelhecem sem nunca chegarem a ser adultos. As juventudes partidárias transformaram-se, sobretudo nos chamados partidos da governação, em escolas de vícios onde se aprende tudo o que tem conduzido à degenerescência moral da política portuguesa e à degradação ética das instituições republicanas.

Uma das maiores referências da social-democracia europeia, Willy Brandt, disse uma vez que para se ser um bom social-democrata aos 40 anos de idade tinha de ser um bom esquerdista aos 20 anos. Só que estes nossos jovens já são ótimos sociais-democratas aos 20 anos (e alguns até já começam a sê-lo logo aos 14 e 15 anos) de idade. E, quando atingirem os 40 anos serão, então, aquilo que verdadeiramente ambiciona(ra)m, aquilo que efetivamente procura(ra)m com as suas vidas políticas: velhos decadentes, mas administradores de um qualquer BPN, consultores de um qualquer BES ou administradores de empresas que favoreceram nos cargos públicos a que se foram alcandorando ao longos dos seus percursos de carreirismo político. Isso se, entretanto, não estiverem a contas com a justiça ou, mesmo, não tiverem sido presos.

Nessa altura, todos eles terão, pelo menos, duas características em comum nos respetivos trajetos políticos: a de nunca terem trabalhado ou realizado nada de útil à sociedade e uma experiência enorme no tráfico de favores ou de interesses em benefício próprio. Na verdade, a maioria deles começa, ainda estudantes, por ser assessores deste ou daquele dirigente político e por aí se mantêm até, inopinadamente, integrar uma lista de candidatos e aparecer no parlamento (português ou europeu), como prémio não dos seus méritos mas do seu servilismo acéfalo. Muitas vezes eles prestam aos dirigentes dos seus partidos o mesmo tipo de serviço que algumas claques de futebol prestam aos dirigentes de certos clubes: tropa de choque para programas políticos contra adversários ou contra quem ouse combater ou denunciar o pântano em que alegremente chapinham. Se os seus mentores transformaram o país num local indecente e irrespirável e eles garantem que isso continuará no futuro. Vejamos apenas alguns exemplos que nunca é demais recordar.

Portugal tem sido governado nos últimos 30 a 35 anos, sucessiva e alternadamente, pelo PS e pelo PSD que conduziram o país à situação de pedinte em que se encontra. O CDS, de vez quando, dá uma ajuda, atirando-se, também, ao pote com um frenesim redobrado. Praticamente todas as semanas o país pede dinheiro emprestado - a maior parte das vezes não para fazer face às despesas com a realização das suas finalidades; não já, sequer, para amortizar a sua imensa dívida, mas apenas para pagar os juros dessa dívida. O eufemismo a que se recorre para divulgar e para noticiar essa necessidade é o de que "Portugal coloca dívida no mercado". As nossas elites políticas não souberam, ao longo das últimas décadas, senão gastar recursos públicos porque é assim - empobrecendo o estado e os portugueses - que se enriquecem a si próprias ou que beneficiam economicamente as suas gigantescas clientelas.

O regime democrático instaurado com o 25 de Abril herdou da ditadura um estado com um enorme património imobiliário (além das tais centenas de toneladas de ouro) que tem sido criminosamente malbaratado, obviamente, sempre com chorudas comissões, luvas ou subornos para quem, em nome do estado, tem outorgado os atos jurídicos que concretizam essa delapidação. A sensação de impunidade é tão grande que alguns edifícios públicos são vendidos e revendidos no mesmo dia - com pornográficos lucros para os intermediários privados. Nenhuma obra pública é paga, a final, pelo preço por que foi adjudicada. O preço pago é sempre duas, três, cinco, dez vezes superior ao valor da adjudicação, porque é aí - nesse roubo ao estado e ao povo português - que todos esses bufarinheiros ganham.

O Estado democrático constituiu com as nacionalizações um enorme património empresarial que, igualmente, tem vindo a ser dissipado com descarados prejuízos para o próprio estado e para o interesse público, mas com óbvios e enormes benefícios para gulosos interesses privados. A única coisa que parece importar nessas alienações é garantir bons lugares para as suas clientelas de luxo dos governantes e dos seus partidos. Atente-se no que aconteceu com a "privatização" da EDP, ou seja, com a sua entrega a outro estado, a China (curioso, aliás, o significado da palavra "privatização" para os nossos governantes).

Portugal recebeu verbas astronómicas da Europa para elevar a formação dos portugueses e criar bases sólidas para uma economia saudável e competitiva, mas a grande parte desses fundos desapareceu nas areias da corrupção e do eleitoralismo ou então nas contas offshore dos próprios dirigentes políticos.

Tínhamos uma frota pesqueira que não sendo moderna servia, ao menos, para satisfazer as necessidades do nosso mercado interno. E o que fizeram dela? Em vez de a modernizar e torná-la apta a concorrer com as da UE, ao menos na exploração das riquezas da nossa zona económica exclusiva, destruíram-na deliberadamente. Pagaram milhões de euros não para modernizar a nossa frota mas antes para abater os nossos barcos e assim facilitar a vida a outras frotas pesqueiras da União Europeia, impedindo as nossas empresas de competirem com elas. Resultado: Portugal compra, hoje, ao estrangeiro mais de metade do peixe que os portugueses consomem. E no futuro ainda vai se pior.

O mesmo se passou com a nossa agricultura. Enquanto outros países usavam os fundos comunitários para modernizarem as suas agriculturas e torná-las mais competitivas, nós usámos (e ainda usamos) os nossos para comprar fidelidades partidárias e pagar favores eleitorais. Foi chocante ver uma classe de parasitas citadinos, repentinamente, metamorfoseados em "agricultores do alcatrão", a circularem, pelo menos de início, em carros de luxo abastecidos com gasóleo agrícola e, sobretudo a locupletarem-se fraudulentamente com os subsídios que a Europa destinava aos verdadeiros agricultores.

Dirigentes partidários do chamado "arco da governação" enriqueceram criminosa e impunemente, à vista de toda a gente sem que nenhum dos dirigentes honestos os denunciasse ou, sequer, os criticasse. Alguns saíram do interior do país com uma mão à frente e outra atrás, mas, ao fim de alguns anos no exercício de funções públicas, tinham acumulado fortunas gigantescas que, aliás, exibiam de forma obscena. Alguns deles acumulando descaradamente as funções de deputados e de advogados, justamente para branquearem como honorários o dinheiro recebido pelas influências que traficavam nos corredores do parlamento.

As autoridades alemãs julgaram e condenaram em tribunal administradores de um consórcio empresarial por terem corrompido decisores portugueses para adquirirem submarinos daquele país, mas em Portugal, vários anos após essas condenações, ainda ninguém conseguiu descobrir quem é que recebeu os subornos.

Um dos partidos do arco da governação depositou numa conta bancária um milhão de euros em notas e em tranches de dez mil euros com nomes falsos, mas isso não teve importância nenhuma - nem judicial (o MP arquivou) nem política (não houve sequer uma investigação parlamentar).

Um ministro permitiu a instalação em Portugal de uma empresa estrangeira e quando saiu do governo foi, tranquilamente, presidir a essa mesma empresa como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Outro adjudicou milhares de milhões de euros em obras públicas a uma empresa privada e quando deixou o governo foi contratado como administrador dessa empresa durante alguns anos, provavelmente para receber as contrapartidas pelos lucros que, enquanto ministro, proporcionara à dita empresa. Descaradamente, ambos fizeram, enquanto ministros, as camas em que se deitariam como ex-ministros.

Um deputado ao Parlamento Europeu revela um dos segredos mais bem guardados por quantos por lá andaram - uma vergonhosa remuneração de 18 mil euros mensais para representar politicamente um povo que está na miséria e cujo salário mínimo é da ordem dos 500 euros mensais - e logo políticos (e jornalistas ao serviço destes) atacam o deputado como se o mal estivesse na denúncia e não na escandalosa remuneração. Todos em coro dizem cinicamente ao deputado para doar parte do dinheiro aos pobres como fizeram e fazem alguns esquerdistas de pacotilha para assim aliviarem as suas consciências pequeno-burguesas.

Esse deputado diz que o PE não é um verdadeiro parlamento pois os deputados não têm sequer, iniciativa legislativa e logo todos os fariseus da nossa vida pública, da extrema-esquerda à direita mais saloia, aparecem a insultar esse deputado e a garantir que o PE é a coisa mais importante da Europa. Pudera...! Quem recebe e silencia tão escandalosas remunerações só pode dizer, quando elas se tornam públicas, que elas são pagas pela entidade mais importante da Europa. E, sobretudo, que as inutilidades que lá andaram a fazer são as coisas mais importantes que há. E, pateticamente, chegam a inventar uma série de frivolidades (codecisão, relatórios de iniciativa, declarações escritas, etc.) para tentarem esconder a descarada subordinação do PE aos órgãos executivos da União e, sobretudo, o silêncio de muitos dos que foram eleitos para falar. Mas também para evidenciarem o que julgam ser a importância de quem lhes paga, ou melhor, para justificarem a "insignificância" das suas remunerações perante a grandiosidade daquilo que dizem fazer no PE. Não dizem uma palavra sobre a ausência de genuínos debates, pois cada deputado tem um minuto para as suas intervenções. Também não dizem uma palavra sobre a circunstância de o Parlamento Europeu (o centro da democracia na Europa) ser obrigado a deslocar-se todos os meses para reunir em outra cidade de outro país, gastando nesse capricho e em total desprezo pelos contribuintes mais de cem milhões de euros por ano.

Esse deputado, que está em exclusividade, faltou uma única vez (por compromissos que havia assumido há mais de um ano) e logo um jornalista faz disso notícia e, sem qualquer respeito pelo contraditório jornalístico, nem sequer ouviu o visado sobre as razões por que faltara. E quando uma semana mais tarde o ouviu já tinha arranjado mais um facto negativo para esbater os motivos da falta e para manter o estigma da condenação que sumariamente fizera. Mas, nem esse jornalista nem outros fizeram ou fazem qualquer notícia sobre as faltas que outros deputados portugueses dão no PE, nomeadamente, para exercerem lucrativas atividades privadas que, aliás, acumulam com a função de deputados. E nem sequer é notícia o triste espetáculo de um parlamento com 751 deputados estar frequentemente reunido em sessão plenária com cerca de 10 deputados. Repito: cerca de dez deputados.

E quando esse mesmo deputado denuncia o verdadeiro atentado ao estado de direito que consiste em um deputado poder exercer, ao mesmo tempo, a advocacia, logo alguns políticos e os jornalistas ao seu serviço acusam esse deputado de ter sido durante anos advogado e jornalista - como se uma atividade privada exercida numa empresa privada pudesse ser equiparada à função de titular do mais importante órgão de soberania da República. Para eles e para os seus serventuários na comunicação social não tem importância nenhuma que uma pessoa faça leis e depois aplique essas leis nos tribunais. Para eles não haverá sequer o perigo de o deputado estar a fazer leis não de acordo com o interesse do povo português ou, ao menos, dos eleitores que o elegeram, mas de acordo apenas com os interesses de clientes privados que lhes pagam chorudos honorários. Nem sequer lhes interessa que alguns deputados tenham enriquecido e justifiquem o seu imenso património com a atividade de advogado que exerceram em simultâneo com a função de deputado. Para esses fariseus e seus sicários o que é importante é tentar calar ou descredibilizar quem fala sobre essas promiscuidades.

Sim, nada disso é importante para essa gente. Para os políticos que nos têm (des)governado e para algumas das suas adjacências esquerdistas o que é importante é calar quem denuncia tudo isso. E como não conseguem esse intento, então, atacam e insultam com agressividade crescente, quer diretamente, quer através de homens de mão na comunicação social ou das tropas de choque em que se transformaram os papagaios pueris de algumas juventudes partidárias.

Só que, facilmente, se vê que a intensidade desses ataques é diretamente proporcional ao pânico que deles se apoderou por, finalmente, estar a construir-se em Portugal uma alternativa política consistente para resgatar a República do pântano em que eles próprios a lançaram. Isso mesmo: resgatar a República em democracia, ou seja, em liberdade, com justiça e com solidariedade e apenas com o voto de cidadãos livres.

SUBVENÇÃO VITALÍCIA

De manhã nunca havia nada que fazer - nem de resto à tarde ou à noite. Os senhores deputados estavam nas comissões, onde também não se discutia ou decidia coisa nenhuma. Mas normalmente o dia começava com o almoço, num restaurante qualquer, de preferência perto, porque nessa altura os da Assembleia da República (um para gente pobre, outro para gente rica) eram os dois tão maus, que só a esquerda e os pais de família os suportavam.

Quando se voltava, era costume, para quem sabia ler, passar por um quiosque ao lado da porta do chamado hemiciclo e comprar um grosso molho de jornais para passar o tempo. Lá dentro, havia sempre um fila de advogados nervosos que queriam assinar depressa o “livro de presenças”, que garantia à Pátria a sua assiduidade, para depois de escapulirem para o seu autêntico trabalho.

Durante a sessão falavam algumas criaturas, por ordem da direcção do grupo parlamentar. Ninguém percebia do que se tratava, porque ninguém estava informado nem da política do partido, nem dos propósitos dos notáveis que nos pastoreavam. As tropas, quando acabavam os jornais, iam passear para o corredor ou visitar amigos das bancadas da oposição, o que envolvia invariavelmente grandes festejos. Entretanto, chegavam as cinco horas e no nosso lugar já se tinham acumulado alguns papéis sem justificação do seu fim ou indicação da sua origem. Um funcionário do partido vinha dizer aos representantes do povo como deviam votar ou não votar. A páginas tantas, veio mesmo um com um novo processo. Trazia uns papelinhos de cor que agrafava aos documentos que deviam fazer a felicidade da Pátria: encarnado significava não, verde sim e amarelo esperar. Assim se poupavam explicações ao rebanho.

Na secretaria, os senhores deputados cumpriam zelosamente as formalidade de um funcionário público, que no fundo eram. Só na justificação das faltas se lhes reconhecia um privilégio: podiam indicar sem pormenores que a sua ausência, longa que fosse, se devia a “trabalho político”. Muitos defensores da Pátria usavam alegremente esta desculpa. Excepto às sextas-feiras (ou às quintas, não me lembro bem), quando se despachava a votação da semana a toque de caixa, para libertar os deputados da província que suspiravam de amor pela sua família. Um esforço destes, devemos reconhecer, merece a gratidão do país. Admito que não aguentei aquele deprimente sítio, mais de três meses. Mas quem ficou merece com certeza uma enorme medalha e uma subvenção vitalícia.


Autor: Vasco Pulido Valente

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O GRITO DE IPIRANGA...




"Grito do Ipiranga", significa independência, libertação do jugo dos colonizadores portugueses que oprimiam os brasileiros. Terá sido?

Não. Claro que não! Os colonizadores deixaram de ser chamadosportugueses e passaram a designar-se brasileiros a partir de 1822. A colonização continuou com os herdeiros da Coroa, depois nacionalizada brasiliana. Os brasileiros originais eram aqueles que viviam nas Américas antes da chegada dos "homens brancos" europeus, e que simplesmente não se auto-designavam "brasileiros". Depois foram chegando outros, que não eram brancos e estavam reduzidos à condição de escravos. Chegaram também outros que eram homens livres, brancos e não brancos, para trabalharem em condições de quase escravatura. E hoje, brancos e não brancos, são todos "livres", libertos que estão dos opressores portugueses, e assim já lhes é possível, agora, oprimir outros que afinal até foram os primeiros a chegar à América do Sul: os índios, que já lá viviam muito antes de darem o nome de América ao continente ou Brasil ao maior território da América Latina.

Os índios merecem viver com a dignidade que muitos dos que se consideram brasileiros (de origem europeia, africana e asiática) lhes querem negar...
Por quê GENOCÍDIO DOS GUARANI - KAIOWÁ ?



Os índios da etnia Guarani-Kaiowá estão correndo sério risco de GENOCÍDIO, com total omissão da mídia local e nacional e permissão do governo. Se você tem consciência de que este sangue não pode ser derramado.

A CARTA:

"Nós (50 homens, 50 mulheres, 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá , vimos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de despacho/ordem de nossa expulsão/despejo expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS.
Recebemos esta informação de que nós comunidades, logo seremos atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal de Navirai-MS.
Ignorando os nossos direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território tradicional. Assim, entendemos claramente que esta decisão é parte da ação de genocídio/extermínio histórico de povo indígena/nativo/autóctone do MS/Brasil.A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil?
Avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui.
Estamos aqui acampados 50 metros de rio onde já ocorreram 4 mortos, sendo 2 morreram por suicídio, 2 mortes de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.
Estamos sem assistência nenhuma, isolados, cercados de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.
Tudo isso para recuperar o nosso território . De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs e avós, bisavôs e bisavós, ali estão o cemitérios de todos nossos antepassados.
Como um povo nativo/indígena histórico, decidimos meramente em ser morto coletivamente aqui. Não temos outra opção, esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.''

Brasília:

A Esplanada dos Ministérios amanheceu com cinco mil cruzes plantadas no coração do poder. Cinco mil vidas indígenas ceifadas, simbolizando o genocídio em curso e as décadas e séculos de decretos de extermínio e mortes planejadas. Cenário tétrico, que deveria comover os responsáveis pelos três poderes, em última instância pelo silencioso e continuado genocídio do povo Kaiowá-Guarani do Mato Grosso do Sul.





Na medida em que o tempo foi passando mais e mais pessoas foram chegando, quase todas vestidas de preto, como gesto de luto e protesto.

Nas camisetas o clamor contra o terrorismo dos poderes contra a vida e os direitos dos Kaiowá-Guarani e demais povos indígenas do país ameaçados em perder direitos conquistados na Constituição e consagrados na legislação internacional.


Foram se juntando à manifestação:

. Imprensa e aliados, Entidades de Direitos Humanos,

. Indigenistas, Parlamentares de plantão, em tempo de Congresso vazio.

. Até a veterana jornalista, Eliana Lucena que desde a década de setenta vem denunciando

. D. Enemesio, presidente da Comissão Pastoral da Terra, Representantes dos órgãos de várias regiões

. Conselho Federal de Psicologia, Justiça Global, Plataforma de Direitos Humanos, Sociais, Culturais e
Ambientais (DHSCA) , Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Foi um grito forte da sociedade civil exigindo medidas imediatas e eficazes da parte dos três poderes para estancar o genocídio e garantir os direitos dos povos originários deste país. Foi um grito forte da sociedade civil exigindo medidas imediatas e eficazes da parte dos três poderes para estancar o genocídio e garantir os direitos dos povos originários deste país.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

OS FORMADORES DE FORMADORES DE FORMADOS...

Porteiro do Ritz apresenta currículo à Tecnoforma
Exmos. Srs.,
Desejo candidatar-me a um lugar na V. excelente empresa beneficiando do inovador modelo remuneratório que consiste na substituição do salário pelo pagamento de despesas de representação. Proponho representar a V. excelente empresa em vários sítios e ocasiões, a saber: em três refeições diárias; em todas as minhas deslocações; e num escritório localizado em minha casa, cujas renda, água, luz e telefone ficarão, por isso, a vosso cargo.
O facto de abdicar por completo de um salário não significa que o trabalho que desenvolverei não tenha valor - muito pelo contrário. Tenho várias ideias que gostaria de pôr em prática ao serviço de V. Excas. Acompanhei com interesse o processo através do qual a V. excelente empresa obteve financiamento no valor de 1,2 milhões de euros com o objectivo de formar cerca de 500 técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação e dois heliportos que têm hoje, no total, sete funcionários. O projecto falhou, e a Tecnoforma terá acabado por receber apenas 311 mil euros para formar 122 pessoas.
Creio que o problema podia ter sido resolvido com facilidade acrescentando à formação a formação de formadores. A formação é extremamente importante. Nessa medida, é fundamental garantir que os formadores estão aptos a ministrá-la correctamente. Como? Através da formação de formadores. Neste ponto, coloca-se um problema: como garantir que os formadores dos formadores recebem formação de qualidade? A resposta é evidente: através da formação de formadores de formadores. E assim sucessivamente, numa espécie de mise en abyme formativo. Esta matrioska educacional permitiria não só esgotar o subsídio europeu de 1,2 milhões como também candidatar a empresa a novos subsídios, na medida em que a formação de formadores, por ser mais especializada, é mais cara do que a mera formação. O mesmo vale para a formação de formadores de formadores, em comparação com a simples formação de formadores.
Acresce a tudo isto que a V. excelente empresa formou funcionários para trabalharem em aeródromos sem actividade, ou com actividade residual. Ora, como é sabido, a gestão e controlo de aviões provoca enorme ansiedade. Mas a gestão e controlo de aviões que não existem tem potencial para provocar ansiedade ainda maior. Trata-se de uma espécie de «À espera de Godot» aeronáutico. É uma tarefa muito inquietante, e nessa medida deve requerer formação adicional.
Por último, li com muito agrado a entrevista do antigo proprietário da V. excelente empresa, na qual elogia o vosso ex-funcionário Pedro Passos Coelho por, e cito, «abrir todas as portas». Confesso que me comovi quando constatei que a abertura de portas era, finalmente, valorizada como merece. Tendo em conta a minha experiência de cerca de 20 anos precisamente nessa área, creio que sou um bom candidato a desempenhar funções na Tecnoforma.
Aguardo notícias de V. Excas.
através de Congresso Democratico das Alternativas
Por Ricardo Araújo Pereira

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

sábado, 20 de setembro de 2014

Mundo Cleptomaníaco

"Quando te deres conta de que para produzir necessitas obter a autorização de quem nada produz, quando te deres conta de que o dinheiro flui para o bolso daqueles que traficam não com bens, mas com favores, quando te deres conta de que muitos na tua sociedade enriquecem graças ao suborno e influências, e não ao seu trabalho, e que as leis do teu país não te protegem a ti, mas protegem-nos a eles contra ti, quando enfim descubras ainda que a corrupção é recompensada e a honradez se converte num auto-sacrificio, poderás afirmar, taxativamente, sem temor a equivocar-te, que a tua sociedade está condenada. “

sábado, 30 de agosto de 2014

A MÁFIA PORTUGUESA

(POR CLARA FERREIRA ALVES)
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora continua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande "cavallia" (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo, e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituamo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Alguns até arranjaram cargos em organismos da UE.
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

SÓ COM OS CRIMINOSOS POBRES É QUE NÃO SE PODE COMER À MESA...


As informações sobre o que se está a passar no GES, como o que nos últimos anos se veio a saber do BCP, e, andando um pouco mais para trás, toda a história ainda em curso do BPP e do BPN, mostram alguma coisa de consistente no comportamento de uma parte importante da elite político-financeira portuguesa.
Não estou a dizer que tudo tenha sido igual, mas muita coisa não sendo igual, nem em dimensão nem em consequências, é demasiado parecida para que não se anotem as semelhanças. Há excepções, com tanto mais mérito quanto escapam à regra, mas são excepções.
O que tudo isto tem em comum é em primeiro lugar a completa promiscuidade com o poder político. Os Espírito Santo frequentavam os gabinetes de Sócrates, elogiaram-no até ao dia em que o derrubaram, quando os seus interesses estavam em causa pela ameaça de bancarrota. O dinheiro fluiu nos contratos swap, usados e abusados pela governação socialista, e as PPPs contaram com considerável entusiasmo da banca nacional e internacional. Compreende-se porquê, quando mais tarde se veio a saber detalhes dos contratos leoninos que deixavam milhões e milhões para pagamento num futuro que já era muito próximo.
O actual governo mereceu também da banca todos os elogios e retribuiu em espécie, impedindo que qualquer legislação que diminuísse os lucros da banca passasse no parlamento, ou ficando como penhor de bancos que em condições normais iriam à falência, mesmo numa altura em que já era difícil alegar crise sistémica. O governo actual manteve todas as práticas de co-governação com a banca e as instituições financeiras que já vinham do governo anterior, consolidando um efeito perverso, que não é apenas nacional, de permitir que os principais responsáveis pela crise dos últimos anos tivessem sido seus beneficiários principais.
Para além disso, mantém uma transumância de lugares e funções com a banca tanto mais reforçada quanto a sua relação com os “mercados” passava pela intermediação financeira quer em Portugal, quer fora, e a desertificação das chefias da função pública baseadas no mérito, atiradas para a rua pela demagogia do diminuir os “lugares de chefia”,  entregou áreas importantes do estado a consultoras financeiras e à advocacia de negócios. Os incidentes com secretários de estado que vinham da banca e do sistema financeiro e que se transmutavam da venda de swaps para negociadores de swaps, mostraram essa promiscuidade. E as decisões revelam como ninguém quer beliscar uma banca de onde veio, onde pode voltar a ir. A decisão de não ir a tribunal em nenhum caso mais grave de acordos leoninos quanto a PPPs e contratos swap, foi um dos maiores presentes que o actual governo ofereceu à banca. Os provados que usaram a justiça, ganharam em toda a linha, o estado encolheu-se perdeu muito.
As privatizações reforçaram esta promiscuidade, favorecendo uma captura do estado pelos interesses financeiros sem comparação com o passado. No passado, havia interesses industriais, agrícolas, manufactureiros, comerciais que partilhavam com a banca essa proximidade com o estado, o governo e os partidos do “arco da governação”. Agora, mesmo sectores em que as operações financeiras são relevantes, como a distribuição, não tem nem de perto nem de longe a promiscuidade com o poder político que tem a banca e por isso podem com maior liberdade falar criticamente.
Outro aspecto crítico, também atirado para debaixo do tapete é o papel de elite cleptocrática angolana que se exerceu também em Portugal através de uma colaboração estreita com a banca portuguesa que não se importou de contar malas de dinheiro trazidas meio às escondidas, meio com a complacência e colaboração das autoridades portuguesas, e assim permitir uma penetração na economia portuguesa, na comunicação social e na política.
Outra das coisas que se vão sabendo é como a gestão dos bancos se fazia como se o dinheiro que lá estava fosse pertença dos seus donos, gestores, administradores e dos seus amigos, ao  mesmo tempo que uma ríspida prepotência e intransigência é a norma de tratamento dos clientes e depositantes, a quem não se desculpa nada. Os milhares de casas, carros, empresas, bens que foram consumidos nesta voragem da “dívida”, que tornou famílias e pessoas solventes naquilo que nunca imaginaram que iam ser, insolventes, oferece um contraste flagrante com a prática reiterada de evasão e fuga fiscal dos mais ricos com dimensões muito significativas.

sábado, 7 de junho de 2014

A RIQUEZA DE ANGOLA...

Petróleo de Angola sustentou Santos no poder e corrupção, em vez de combater pobreza – Financial Times

Para o Financial Times, Angola é um exemplo dos limites à atual narrativa sobre a “ascensão de África” na cena económica internacional. Numa análise que merece grande destaque na edição de hoje, o diário económico de referência aponta como limites a dependência das receitas do petróleo, que têm servido sobretudo para sustentar o poder de José Eduardo dos Santos e a corrupção, em vez de aliviar a pobreza.
Os jornalistas Andrew England e Javier Blas afirmam que Angola é hoje exemplo de um país a debater-se com a “maldição dos recursos”. “Em vez de criar prosperidade universal, o petróleo ajudou a sustentar o segundo presidente há mais tempo no poder em África e alimentou a corrupção, que mina o desenvolvimento económico”.
O jornal refere ainda as “abundantes alegações de corrupção e favorecimento que enriqueceram elementos da elite angolana, incluindo membros da família dos Santos”. A sua filha Isabel dos Santos, realça, é a mulher mais rica do país.
O filho José Filomeno dos Santos, que aos 36 anos gere o fundo soberano de 5 mil milhões de dólares do país, afirma ao jornal que é preciso “paciência”, para que a mudança para melhores condições de vida seja “gradual”, um “processo de aprendizagem onde se fazem experiências”.
As críticas à corrupção estão por detrás dos protestos que abalaram Luanda desde 2011, e que se vêm repetindo regularmente, mais recentemente no passado dia 27 de maio. Os manifestantes exigem também melhores condições de vida, perante o visível enriquecimento das elites do país.
O crescimento económico tem acelerado, acima de 10 por cento ao ano na última década. O sector petrolífero demonstra entusiasmo com os trabalhos em curso no pré-sal, no off-shore da bacia do Kwanza, onde têm sido feitas descobertas de petróleo. A esperança é que estas tenham as dimensões das encontradas do outro lado do Atlântico, no Brasil.


A questão em aberto é se a descoberta de mais reservas petrolíferas vai ajudar os 20 milhões de angolanos, até porque a história recente não o comprova. “Os petrodólares impulsionaram o crescimento económico, mas muita da riqueza continua concentrada num círculo reduzido de plutocratas”. E mais de três quartos da população do país continua na pobreza

quinta-feira, 5 de junho de 2014

MUDARAM O NOME DO TC - AGORA CHAMA-SE TC ( TRIBUNAL COMUNISTA )

Poder-se-á manter a sigla, mas o nome tem de mudar para "TRIBUNAL COMUNISTA".
Estes pseudo omnipotentes, julgam-se isso mesmo. Aliás, todos os tribunais estão a extravasar as suas funções e o governo, impávido e sereno, acata as suas ordens.
Parece-me que quem (des) governa o País agora, sãos os tribunais, desde o TC ( Tribunal Comunista) até ao limite dos Julgados de Paz. O governo determina um fecho desta ou daquela repartição; deste ou daquele tribunal; desta ou daquela junta de freguesia, etc., e os tribunais dizem que não senhor, não podem fechar !! Afinal quem manda neste País ? O cidadão não elegeu os Juízes para passarem por cima de quem governa e que foram legitimamente eleitos. Mas o culpado é o governo. Eu, se fosse 1º Ministro, simplesmente ignorava as decisões dos tribunais, com base no fundamento de que não há dinheiro para sustentar a máquina MONSTRUOSA do Estado, onde estes senhores juízes estão incluídos. Aliás eles julgam estes casos em causa própria, pois também são afetados pelos cortes e isso eles não querem, alegando o princípio da igualdade. Mas essa igualdade é entre os FP, por que o setor privado está muito aquém dessa igualdade com salários, reformas, assistência médica, emprego para toda a vida, privilégios e mordomias, etc..
Custa-me ver estes "parasitas" de comentadores políticos e ex-governantes ao jogo de semântica, cuja finalidade é apenas iludir os cidadãos para caçar votos e irem para o "PODER", para enriquecerem ilicitamente... 

O governo deve entregar o "COFRE" do Estado ao TC  ( Tribunal Comunista ) e os Júizes que paguem as contas... Ou então que passem o governo para o Seguro, que ele resolve o problema...

terça-feira, 3 de junho de 2014

O GIGANTESCO SAQUEIO DE UM PAÍS


Durante os últimos 25 anos, Portugal recebeu da UE 82 mil milhões de euros.
Na realidade só poucos milhares de portugueses é que açambarcaram este dinheiro, prejudicando todos os outros. A alta finança mancomunada com o poder político "comeram" essa massa toda. Como?
1. - Nos sobre-custos das auto-estradas e outras obras públicas (as famigeradas PPP);...
2. - Nas múltiplas fraudes no sistema de saúde;
3. - Nas acções de formação profissional falsas (desde as tipo Tecnoforma de Passos Coelho e Companhia até às da UGT e outros organismos) que só existiram no papel;
4.- Nos subsídios para a agricultura que só serviram para comprar Mercedes, BMW e veículos todo-o-terreno de luxo;
5.- Nas obras inúteis das autarquias feitas para enriquecer os empreiteiros que apoiam as campanhas eleitorais dos partidos de poder;
6.- Nos concursos viciados para fornecimento aos organismos públicos (desde parafusos a submarinos);
7.- Nas vendas fraudulentas de propriedades e bens do estado e de empresas públicas a interesses privados (sempre aos amigos do poder);
8.- Nos apoios a empresários e jovens empresários que foram parar directamente a offshores e que não criaram empregos nenhuns nem riqueza nenhuma;
9.- Em milhares outros pequenos e grandes esquemas usados para desviar o dinheiro do orçamento de Estado para interesses privados...
Essa gente responsável por este gigantesco saque faz parte do Povo, mas não é o Povo...
Nesta desgraçada história, o Povo só tem a culpa de se deixar comer porque não se sabe organizar para zelar pelos seus interesses e impedir estas máfias de roubar Portugal impunemente...
Zé-António Pimenta de França

sexta-feira, 30 de maio de 2014

PCP - O BOTA-ABAIXO...


Todo o cidadão sabe que o PCP e o BE são os dois partidos que se dedicam exclusivamente ao "BOTA-ABAIXO".
Não interessa se se governa bem ou mal; não interessa qual é o governo ou que partido está a governar...Simplesmente "BOTA-ABAIXO".
Nestas eleições europeias, o "bota-abaixo" PCP teve mais votos e o "bota-abaixo" BE levou porrada estrondosa...
O PCP levou mais votos e foram de origem PSD e CDS. Muitos dos habituais eleitores que votam no PSD e CDS, decidiram votar no PCP e desprezar o BE. A razão deste desprezo pelo BE tem a sua razão: é que, de facto, o BE não tem ponta por onde se lhe pegue. Os verdadeiros líderes deste partido, um já morreu outro saiu da liderança. O PCP é um partido que ainda tem simpatizantes devido ao ainda analfabetismo e ignorância de uma parte da população, sobretudo os idosos, que não têm qualquer visão sobre política e as suas consequências. Talvez daqui a 2 ou 3 décadas o PCP desapareça definitivamente. Isto por que, nessa altura, o cidadão, no geral, já terá outra educação/cultura e não se irá identificar com partidos do "bota--abaixo". Eu tive um cunhado que, após o 25 de Abril de 1974, abraçou o "comunismo" e era um militante ferrenho. Só que, passado uns meses, apercebeu-se de que, afinal, os camaradas queriam que ele dividisse os seus bens pelos camaradas, por que, diziam eles, os camaradas, que o comunismo era isso mesmo: todos tinham que ter o mesmo, independentemente de quem trabalhasse mais ou menos... Coitado do meu cunhado ! Fugiu antes que o deixassem em pelota ...


segunda-feira, 26 de maio de 2014

AS ELEIÇÕES EUROPEIAS 2014 E O JOGO DE SEMÂNTICA DOS POLÍTICOS...



O Senhor Seguro diz que o governo chegou ao fim. Os resultados das eleições foram 7 deputados para o PS; 6 deputados para o PDS/CDS; 2 deputados para a CDU; 1 deputado para o MTP; 1 deputado para o BE.
Eu gostava de saber que jogo de semântica é este dos políticos que não sabem fazer mais nada do que fazer jogos de semântica para enganar toda a gente. Será que ter mais 1 deputado do que o PSD/CDS é ter uma vitória estrondosa, ao ponto de o governo se sentir chegado ao fim ? Nas eleições de 2009 o PS teve 44% nas europeias e nestas teve apenas 31,46%. O presente governo teve que impor medidas drásticas para sair da m.e.r.d.a. em que o PS deixou o País e o presente governo apenas teve menos um deputado em relação ao PS. Afinal, o que é que o PS ganhou ? Perdeu 13,46% dos votos em relação a 2009 e ganhou apenas mais um deputado em 2014. Mas que grande vitória !!!!!
E se estes "políticos", sem exceção, fossem todos apanhar no "ass" ? Eu digo sem exceção por que são todos iguais, ou seja: jogam todos na semântica só para enganar o povo.
Senhor Seguro e Snrs Líderes de todos os partidos: o povo está farto das vossas incompetências, desonestidades, roubalheiras e jogos de semântica...
Os 66,3% de abstenção quer dizer que o povo está-se borrifando para todos vós, pois sois todos a mesma "shit". Vocês sois a escória da humanidade

domingo, 18 de maio de 2014

A CORRUPÇÃO DA JUSTIÇA...

Pedido de juiz suspende multa e castigo aplicados a Jardim Gonçalves pelo caso BCP

Vai ser repetida toda a prova produzida no Tribunal, em 2011, relativamente ao caso BCP. A decisão foi tomada pelo juiz António da Hora, responsável pelo julgamento do recurso apresentado pelos antigos gestores do BCP, condenados no processo do Banco de Portugal. Será, então, repetida a audiência do empresário Joe Berardo, testemunha-chave no processo, mas o depoimento não tem ainda data marcada. A prova proferida oralmente pelas testemunhas, há cerca de três anos, não ficou gravada. O juiz admite que não consegue recordar-se com exatidão de todos os depoimentos, e determinou a repetição da produção de prova. A decisão aumenta o risco de prescrição dos factos. Para além de que significa também que Jardim Gonçalves não terá de pagar um milhão de euros em coimas exigidos pelo Banco de Portugal. E deixa ainda de ficar sujeito à inibição de nove anos de exercer actividade na banca.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

PROCURA A SUA MULHER IDEAL ?


40 ANOS DE ABRIL E AS PERGUNTAS QUE NUNCA NINGUÉM RESPONDEU...

PERGUNTAS NUNCA RESPONDIDAS NOS 40 ANOS DE “ABRIL”.

“O inconseguimento de eu estar num centro de decisão fundamental a PERGUNTAS NUNCA RESPONDIDAS NOS 40 ANOS DE ABRIL

O inconseguimento de eu estar num centro de decisão fundamental a que possa corresponder uma espécie de nível social frustracional derivada da crise”
Assunção Esteves,
Presidente da Assembleia da República
(TSF, em 7/1/2014)

Passados 40 anos após a última grande esquina da História de Portugal, já deveria ter havido o discernimento, o bom senso e a vontade (que deles deriva), de fazer uma análise histórica – nas suas diferentes dimensões, nomeadamente política, estratégia, económica/financeira, social e cultural – de todo o período abrangido e que englobasse, para facilidade de entendimento e exposição, três períodos distintos:
• O período da última fase do Estado Novo, por exemplo desde o início do consulado do Professor Marcello Caetano;
• O período que começa com a acção militar no dia 25/4/74 – suas causas e execução – e por todo o período conturbado, conhecido por “PREC” e termina em 25/11/75;
• O período posterior até aos dias de hoje, e suas consequências.
Como tal não foi feito (e o que foi feito deixa muito a desejar) e não será feito a breve trecho, vamos cingir-nos a elaborar um conjunto de questões, que falam por si, independentemente do juízo que se intente fazer sobre elas.
São também as respostas às perguntas formuladas, que ajudarão, um dia, a escrever a História que deve ficar para o futuro e não aquela que insistentemente nos têm vindo a inocular como se de uma lavagem ao cérebro se tratasse.

Aqui fica uma mão cheia delas:
1º- Quais as razões que justificam, à luz da Moral e do Direito, a queda pela força do regime deposto?
2º- Se o regime deposto foi tão mau, como alegado por tantos, porque nunca se julgaram os responsáveis vivos, pela sua existência e práticas (nem sequer à revelia)?
3º- Quais as principais razões, assumidas inicialmente pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), para a execução do golpe de estado? Foram razões corporativas (isto é, do foro das FA)? Foi concretamente o Decreto-Lei 373/73 que espoletou o golpe? Foram razões políticas? Estratégicas? Sociais? Económicas? Quais e baseadas em quê? Foi por estarem cansados de fazerem a guerra?
4º- Que informação tinha o MFA sobre a “luz verde” dada (solicitada?) pelo “Grupo de Bildelberg” numa reunião ocorrida a 19/4/74, no Hotel D’Arbois, em Mégeve, nos Alpes Franceses, propriedade do Barão Edmond Rothschild, na qual, entre outros participou Joseph Luns – na altura, Secretário – Geral da NATO – não sendo por acaso que uma esquadra da Aliança fundeou na Barra de Lisboa no dia do golpe?
5º- Desde quando e porquê, o PCP passou a tomar parte no golpe? Desde o “ensaio” ainda mal explicado, das Caldas, a 16 de Março? Ou antes?
6º- O que fazia o General Costa Gomes enfiado com a mulher no Hospital Militar da Estrela, no dia 25/4/74?
7º- Porque é que o Chefe de Governo, Marcello Caetano, nunca deu ordens para conter o golpe e, à revelia do que estava previsto nos planos de contingência da altura, em vez de se dirigir para Monsanto, foi meter-se na “boca do lobo” do Quartel do Carmo? Porque recusou a fuga do mesmo, que lhe foi oferecida e era viável? O que quis negociar com o General Spínola?
8º- Porque é que 90% dos efectivos da PIDE/DGS (na área de Lisboa) decidiram, após o golpe, concentrar-se no local mais inverosímil para o fazerem, ou seja na própria sede?
9º- Porque é que até hoje nenhum governo português intentou uma acção, lógica e pertinente, que é a de solicitar ao governo da Federação Russa, a devolução ou, no mínimo a cópia, de toda a documentação desviada dos arquivos nacionais, nomeadamente da DGS, como não parece haver qualquer dificuldade em provar?
10º- Porque é que o MFA – autor do golpe – e a sua suposta cabeça dirigente, ou seja a, em cima-da-hora formada, Junta de Salvação Nacional (JSN), cometeu a imprudência de não terem declarado o “Estado de Sítio”, perdendo desse modo, e no próprio dia, o controlo da situação?
11º- Ou terá sido de propósito?
12º- Idem para a leviandade com que a nível militar se começaram a prender e a sanear uns aos outros, sem qualquer regra ou justiça, estilhaçando dessa forma a hierarquia, a disciplina e a organização das FA, sem as quais nada se podia levar a cabo? FA que, recorda-se, estavam em campanha em três frentes!
13º- Ou também foi de propósito?
14º- Como e porquê deixaram o Poder cair na rua, chegando-se ao ponto de colocar o país à beira da guerra civil, a qual se evitou “in extremis”, a 25/11/1975?
15º- Porque se deixou entrar no país e libertou das prisões, uma quantidade de gente de mau porte que, recorde-se, não estava presa por delito de opinião, mas incorria em crimes do foro militar, de delito comum e, até, de traição à Pátria, sem que os mesmos ficassem a bom recato à espera de julgamento?
16º- O “granel” desculpa e justifica tudo o que se possa passar?
17º- Como se pode intentar um golpe de estado num país que, não estando oficialmente em guerra com ninguém, conduzia extensas operações militares das quais dependia a salvaguarda de grande parte do seu território e populações, sem pensar muito maduramente no impacto que tal golpe podia ter naquilo que estava em jogo e era de longe, a questão mais importante e delicada em que toda a Nação estava envolvida?
18º- Porque é que os mentores do golpe (e seus seguidores) não conseguiram ou quiseram discernir e perceber, que a defesa do Ultramar era distinta – por nacional – da simples mudança de um regime ou sistema político?
19º- Porque se permitiu que a obsessão política pela conquista do Poder se sobrepusesse a questões fundamentais para o País (e ainda hoje assim acontece…) e se fizesse tábua rasa dos meios para atingir os fins, muitos deles estranhos à matriz histórica, estratégica e cultural de todo um povo?
20º- Como explicar, melhor dizendo, como compreender que o que foi pensado para o dia seguinte – que é a parte mais importante num golpe de estado, ou revolução – neste caso o que estava condensado no Programa do MFA e na Proclamação da JSN ao País – nunca se conseguiu pôr em prática?
Finalmente:
Como explicar que nenhum dos “3 Ds”, constantes do referido programa do MFA, a saber, “Descolonizar, Democratizar e Desenvolver” tenha sido cumprido, ou dito de outro modo, tenha seguido o seu curso, estando hoje o país que nos resta no perigeu do seu poder relativo, desde que Afonso Henriques individualizou o Condado e na iminência de desaparecer como entidade política autónoma e soberana, comunidade com identidade própria e até em vias de extinção como povo com características próprias (por via da demografia negativa, da emigração e imigração, só para citar estas)?
Ou seja, e em síntese por demais sintética:
1º- O “D” da descolonização resultou numa desgraça inominável e na maior vergonha histórica, desde 1128, cuja responsabilidade teremos que carregar como povo e sociedade organizada, para todo o sempre. Tendo, além dos que ficaram deste lado do mar, desgraçado sobretudo os portugueses dos territórios que abandonámos à sua sorte, os quais em vez de descolonizarmos – uma operação já de si aberrante, para a idiossincrasia da Nação Portuguesa, dadas as regras internacionais em vigor – entregámos nas mãos de forças marxistas, e só a essas.
Perdemos “apenas” e em pouco mais de um ano, cerca de 60% da população e 95% do território…
2º- O “D” da democratização está consubstanciado numa Constituição enorme, errada sob muitos pontos de vista, mal escrita, insensata e elaborada debaixo de condicionalismos vários. E, já agora, anti – democrática…
De tudo resultou uma confusão doutrinária de se ter considerado a Democracia em si mesmo, que ela não é, em vez de um meio para se atingir as três aspirações “utópicas” do Estado, a saber, Segurança, a Justiça e o Bem-Estar (por esta ordem); na ditadura da partidocracia (com a agravante de o espectro político estar apenas representado do “centro até à extrema esquerda”- terminologia serôdia que já devia ter desaparecido há muito), baseada em partidos medíocres.
Partidos donde emanam políticos cada vez mais impreparados, na sua maioria autênticos papagaios troca-tintas em que já ninguém acredita nem suporta. E que se blindaram no poder.
Partidocracia que degenerou rapidamente em plutocracia, “corruptocracia” e “bandalheirocracia”!
O fulcro da Democracia acaba por ser a representatividade. Pergunta-se, hoje em dia, quem se sente representado?
3º- Finalmente o “D” do desenvolvimento.
Portugal era um país que em 24/4/1974 tinha estabilidade económica, financeira, social, com uma administração financeira honesta e regrada; onde todas as instituições funcionavam; em que a economia crescia 7% ao ano (no Ultramar era mais); possuía a 6ª moeda mais forte do mundo, escorada e protegida por 850 toneladas de ouro e 50 milhões de contos; tinha acesso ao crédito que quisesse a juros baixos; gozava de pleno emprego.
Conseguia tudo isto, note-se, ao mesmo tempo que tinha 230.000 homens em armas, em quatro continentes e quatro oceanos, dos quais 150.000 permanentemente empenhados em operações de contra-guerrilha, em três teatros de operações distintos a milhares de quilómetros da sua base logística principal, com muito limitado apoio aliado e apenas com generais e almirantes portugueses.
Orgulhosamente só (frase por norma tirada do contexto).
E sem dever nada a ninguém.
Como explicar que um país nestas condições, 40 anos depois dos “amanhãs que cantam” e das mais floridas esperanças, esteja no actual estado de banca rota e muito “acompanhado” internacionalmente, por tantos países e instituições que nos desqualificam, publicamente, no concerto das Nações (até nos chamam “PIGS”)?
Esteja, também, ocupado politica, económica e, sobretudo, financeiramente, por uma “Troika” (que ninguém sequer conhece bem, ou o que representa), depois de já ter passado por duas outras grandes "aflições" financeiras (em 1978 e 1983), que obrigaram à intervenção do FMI; e depois da adesão à CEE, em 1986, ter entrado dinheiro no país à média de dois milhões de contos/dia, de fundos comunitários?!
E estamos hoje ainda a tentar evitar a banca rota à custa de sacrifícios de quem não é responsável maior por tudo o que se passou; deixando incólumes os responsáveis (que nem um pedido de desculpas se atrevem a dar), e da alienação contínua da soberania, das empresas, do património, da venda da própria terra e dando até início a um processo de prostituição colectiva, de que a outorga da nacionalidade a ricaços estranhos que queiram investir por cá algumas centenas de milhares é já exemplo eloquente!
Já me esquecia, estamos a sair da bancarrota à custa de fazermos mais empréstimos, com os quais ganhamos tempo para tentar pagar uma dívida e os juros da mesma – que ninguém sabe quanto é – mas que seguramente não iremos pagar nos próximos 100 anos…
Em que opróbrio de país nos tornámos?!
Foi para isto que se quis a tão decantada Liberdade – um conceito absoluto, porém de aplicação relativa – entusiasticamente tida como a principal conquista de Abril?
Ao fim de 40 anos celebra-se o quê?
João José Brandão Ferreira
Cidadão Português (nada, mesmo nada, satisfeito)
(Beneficiário nº 11337317689 da CGA)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Barra Fixa: Exercícios Para Várias Finalidades


Como executar correctamente os exercícios na barra fixa? 
Como desenvolver o peitoral com as elevações a barra? 
Como aumentar a altura com ajuda deste exercício? 

O artigo de hoje irá falar e descrever como executar corretamente o famoso exercício, elevações a barra fixa. Para ser mais preciso, irei desenvolver 7 questões aconselhando a maneira correcta de as realizar. 

Antes de mais, gostaria de vos relembrar, que o exercício elevações a barra, é um exercício complexo, pois envolve o trabalho de vários grupos musculares, como os abdominais, ombros, trapézio, costas, bíceps, tríceps etc. As pessoas em geral conhecem duas formas de realizar este exercício, mãos em supinação e mãos em pronação. Pois quero declarar, que existe algumas outras maneiras de execução, e irei ilustrar como, no final deste artigo. 

Questão 1: Quero ser mais alto! 
Se vocês têm como objectivo aumentar a sua estatura, para isso terá que realizar as elevações a barra fixa. Para aumentar a altura, a execução tem que ser realizada da seguinte forma: elevam-se a barra, e de seguida, descem bruscamente. Após isso, estando pendurados na posição inicial, flectem os joelhos para trás formando 90 graus, e rodam apenas a parte de baixo do corpo, a partir da cintura. 

Questão 2: Quero ter um abdominal bem definido! 
Se é esse objectivo – definir o abdominal, terão que executar elevações para abdominais. Para realizar correctamente, tem que ter em conta a maneira correcta de execução. Estando suspensos, agarrados na barra, levantam a ponta dos pés e tocam na barra. È um exercício um pouco complicado, se não possui ainda este nível de habilidade, levantam os pés só até ao nível da cintura. Desta forma conseguirão um abdominal mais forte e resistente. 

Questão nº3: Quero ter costas largas! 
Para esta questão, o mais eficiente é elevar a barra com os braços ao nível dos ombros, mãos em pronação. Suspensos na barra fixa, cruzam as pernas, de seguida, elevam tocando com peito na barra. Quando tiver na posição inicial, manter os braços sempre direitos, bem esticados, irá permitir melhor alongamento (estiramento) dos músculos das costas. Com braços ao nível dos ombros, executar o exercício dessa forma, permite alargar os “lats” e torná-los mais arqueados. 

Questão nº4: Quero a minha coluna sempre saudável! 
Se vocês têm problemas com a coluna e deseja mantê-la saudável, existe várias maneiras de execução na barra fixa. A mais simples é ficar suspenso na barra. Relaxem os músculos das costas e estiquem bem a coluna, formando uma linha. É recomendável fazer este exercício 15-20 segundos, algumas vezes por dia. Outra forma, suspensos, tocam o chão com os pés. Colocam apenas o peso das pernas no chão, irão sentir como se a coluna estivesse a sair do seu sítio habitual. Relaxem e alonguem a caixa torácica. 

Questão nº5: Quero ter uns ombros fortes! 
Elevem com os braços aproximados um do outro, mãos em pronação. Suspensos na barra, com uma distância mínima entre as mãos, contraiam as costas e elevem-e tentando tocar a barra com peito. Outra forma de exercer os ombros, agarra a barra com mãos em supinação, braços ao nível dos ombros, e elevar apenas até ao meio. Desta forma trabalham os dois músculos dos ombros. 

Questão nº6: Quero ter uns seios bonitos! 
Se deseja ter uns peitos bonitos, incluam a elevação na barra fixa. Suspensos, braços ao nível dos ombros, mãos em supinação. Executam o exercício tentado tocar com o peito na barra. Respiram pelo nariz, sobem inspiram, baixam expiram. A execução deste exercício tem que ser feito lentamente com uma respiração equilibrada. Depois disso podem realizar de outra maneira. Uma mão agarra em pronação, outra em supinação, elevam o corpo a barra, tocando com a nuca, ou seja, elevação para trás da cabeça, corpo mergulha para frente. È um pouco difícil realizar este exercício. 

Questão nº7: Quero aumentar o bíceps! 
Se desejam aumentar os seus bíceps. Muito simples, braços aproximados um do outro, mãos em supinação, juntando os cotovelos com as costelas. Contraem as costas e ao elevar, e recomendável olhar em direcção ao pulso. Ao atingir o topo, tentam tocar a barra com o peito e manter alguns segundos nessa posição. 

Para concluir como prometi, aqui tem ilustrado algumas maneiras variadas de executar as elevações a barra fixa:




quarta-feira, 7 de maio de 2014

  • SAIBA COMO É ROUBADO TODOS OS DIAS
    QUASE 10.000 PARTILHAS. PORQUÊ?! PORQUE NOMEIA QUEM NOS ROUBA TODOS OS DIAS.

    Queremos acreditar que isto não faça assim tanta confusão a tanta gente. A nós...custa-nos a acreditar que o que aqui se denuncia seja menos importante do debater o fundamento do título. Será que existe afinal muito mais ramificações no lobby e que a batalha contra o mesmo faça canalizar todas as energias para a "forma" e não para o "conteúdo"?

    A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL MUITO BEM EXPLICADO

  •  O Problema deste Portugal é que depois do golpe de estado em 25 de Abril de 1974, em que o objetivo das FA era sacar mais privilégios e mordomias do Estado, pagos pelos cidadãos, formou-se uma elite cleptomaníaca que tomou conta do nosso cavalo lusitano, e é ela que o põe a saltar por cima de obstáculos que impeçam a corrupção, o enriquecimento ilícito, os golpes, os compadrios, os jobs for the boys, etc.. É esta elite corrupta e criminosa que nos tem desgovernado todos estes anos, - 39 anos - - que está instalada nos grandes grupos económicos e financeiros; nos governos; nos partidos; nas autarquias; na função pública; nas corporações de médicos, engenheiros, juízes e magistrados; sindicatos, etc.. Os membros desta elite circulam por todo o sistema: hoje trabalham em grandes empresas, amanhã estão nos bancos, depois vão para o governo; voltam para as grandes empresas públicas e privadas; regressam aos bancos, governo e por aí fora... No fim de uma vida todas as famílias desta "máfia" criada depois do 25 de Abril de 1974, ficam podres de ricas e passam a pasta aos seus descendentes até à eternidade. A Plebe, limita-se a produzir para estes FDP com letra grande, comendo a côdea da broa que o Diabo amassou, contando sempre os tostões para que ela não falte no dia seguinte... Sempre foi assim, desde os primórdios da vida, e sempre assim será, até à eternidade...