"Passam os anos e Portugal fenece, cada vez mais, por via da acção de uma elite política corrupta, interesseira, “tachista”, oportunista e claramente criminosa, que vive num pântano de impunidades, cumplicidades, traições e intrigas. De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto "
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
LEVANTAMENTO SIGILO BANCÁRIO E COMBATE AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Já há muitos anos que venho ouvindo e lendo opiniões sobre o combate ao enriquecimento ilícito e levantamento do sigilo bancário.
Tudo indica que algo se vai fazer antes do fim desta legislatura. Ainda hoje li que, finalmente, o governo vai tomar medidas nesta matéria. O problema é que, sempre que a cor do governo muda, volta tudo à estaca zero, ou seja: revoga-se leis que o governo anterior fez e o novo governo cria outras que são opostas às anteriores. E não passamos disto.
Damos um passo para a frente em quatros anos e depois damos um passo para trás nos quatro anos seguintes. E isto é feito desde que a pseudo-democracia nasceu em 25 de Abril de 1974. Os partidos de poder trocam-se no parlamento e fazem arranjos de "JOBS FOR THE BOYS". Tantos para o PSD e outros tantos para o PS. Depois temos os outros partidos que tentam partir a loiça toda mas que, no fundo, também têm os seus assentos (tachos) na Assembleia para defender.
O enriquecimento ilícito em Portugal é uma prática generalizada e tem sido apoiada pelas facções políticas. E só agora, com toda esta recessão mundial e escândalos de FREEPORT, etc., é que se vai tentar fazer alguma coisa mas, tenho as minhas dúvidas. A ver vamos. É que já há por aí alguns políticos e seus acólitos a coçar o "rabo" com medo de mais escândalos.
A magistrada Maria Morgado foi peremptória: " Os políticos vão para o governo e passados alguns anos viram milionários. Os "Media" não deram grande relevo a este desabafo desta corajosa magistrada. É pena.
Salvo raras excepções, a origem da riqueza em Portugal é proveniente de malabarismos e de espertezas, com a conivência das autoridades corruptas. Os impostos são pagos por aqueles que pouco ou nada ganham e são eles que sustentam a máquina estatal. Os ricos, comparativamente, vão dando umas migalhas para inglês ver.
As nossas autoridades queixam-se da fuga aos impostos por um lado, mas por outro são coniventes para que isso aconteça. Também levam a sua parte de "LUVAS".
A tentativa de fuga aos impostos é generalizada e , até o mais pequenino, tenta fugir. Eu vejo dois factores para que esta tendência seja generalizada:
1º - Os nossos impostos são para engordar as contas bancárias dos governantes e seus acólitos. Não se consegue vislumbrar aonde os nossos impostos são aplicados;
2º - A mentalidade portuguesa não está educada para pagar impostos. E a razão disso será talvez por que os impostos são desviados para outros fins que não os devidos.
E, para terminar, confesso que não tenho nenhuma sugestão a dar para acabar com esta podridão.
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