"Passam os anos e Portugal fenece, cada vez mais, por via da acção de uma elite política corrupta, interesseira, “tachista”, oportunista e claramente criminosa, que vive num pântano de impunidades, cumplicidades, traições e intrigas. De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto "
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O SANTO DUARTE LIMA...
Quinta-feira, Setembro 16, 2010
Separados à nascença?... Ou... Juntos em breve?
Alguns acharão que este "Separados à nascença" é mauzinho e até cruel.
São os mesmos que acham que o Duarte Lima é um santo.
O que é que eu hei-de dizer? Sim, é verdade que o Sôr Duarte Lima foi um dos fundadores da Associação Portuguesa Contra a Leucemia. Mas será que isso faz dele um santo?
Este tipo é um pequeno milionário. Sendo um pequeno milionário, pode dar-se ao luxo de despender uma parte do seu tempo em obras de beneficência: é bonito, fica bem, leva palmadinhas nas costas e enche o ego!
Agora... como é que foi que ele ficou assim tão rico? Essa é que é a questão!
Não foi por acaso que, entre 1994 e 1996, o Independente fez uma série de capas sobre este senhor: ‘Casa Cheia’, ‘Obra-Lima’, ‘A Lista de Lima’, ‘Imposto de Lima’, ‘Lima 33’, ‘Aspilima’ e, last but not least, ‘Mentes Lima’ (como nos relembrou o CM a 29.Agosto).
Ainda segundo o CM: Lima desmente todas as suspeitas, mas suspende a liderança da bancada parlamentar e pede à Procuradoria-Geral da República que investigue a sua vida económica e fiscal. [...] O processo é arquivado em 1997. O Ministério Público não encontra matéria para o levar a julgamento, embora não explique a origem dos rendimentos de Duarte Lima.
O ‘Expresso’ divulga o que foi apurado no processo: entre 1986 e 1994, foram depositados mais de um milhão de contos (cerca de cinco milhões de euros) em contas bancárias de Duarte Lima, sendo que este declarou 180 mil contos (900 mil euros) para efeitos fiscais. Lima era titular de 35 contas em seu nome e de familiares ou amigos, que foram usadas para pagar bens. Mas não se apura qualquer crime. [...]
Duarte Lima chega a ter o desplante de declarar: "Ficou provado que o cidadão Duarte Lima não praticou nenhum acto, enquanto político, do qual tivesse qualquer benefício material ou até relevância no domínio económico-financeiro ou fiscal".
Na realidade o que aconteceu foi que não se conseguiu provar o contrário... enfim, é uma questão de semântica. E é este tipo que me querem enfiar como sendo uma "boa pessoa"?
Duarte Lima é, per se, a definição de "crime de enriquecimento ilícito" e é por estas histórias todas que eu, lamento, mas não estou cheinho de pena dele. Ponto final; parágrafo.
A seu favor, tem, apesar de tudo, o facto de - segundo o colega de bancada Ângelo Correia - ter chateado bastante o Soares, enquanto era deputado do PSD, o que já o faz subir uns pontos na minha consideração. Mas daí a ter alguma simpatia pelo homem... vai um grande passo!
Relativamente ao Caso Feteira. Aqui no Muito suave, não sabemos se Duarte Lima teve ou não alguma coisa a ver com o assassinato da Rosalina Ribeiro.
Até ver... o homem é inocente. Um dos pilares do nosso sistema judicial é a presunção da inocência. Esclarecidos?
Por outro lado, não há dúvida de que a versão que o Duarte Lima tem vindo a dar, aos bochechos, soa a uma "estória" muito mal contada.
É no mínimo muito estranho que um sujeito com um excelente percurso académico, e que é considerado um brilhante advogado, comece a ter lapsos de memória a partir do momento em que uma cliente sua é assassinada...
Por outro lado, e como disse e muito bem o Miguel Júdice, se os 6 milhões de euros não são honorários, então não são dele, e deve devolvê-los.
Assim sendo, é bom que responda como deve de ser às perguntas da Polícia Brasileira... senão...
Senão ainda é mesmo capaz de ter de compartilhar a cela com o Luis Militão!
Publicada por Pericles Pinto em 7:15 PM
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