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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

NÃO SOU ECONOMISTA...


Não sou economista mas entendo que os investimentos produtivos em Portugal devem ser de raíz ou seja: todo o investidor que queira investir em Portugal deve construir a sua própria empresa ou, eventualmente, reabilitar outras que estejam à beira da falência.
O investimento em Portugal, na última década, é apenas para roubar as empresas de capital português que, pela sua natureza, geram milhões de lucro todos os anos.
A filha do José Eduardo dos Santos, com o dinheiro do petróleo e dos diamantes, vem a Portugal investir em empresas que geram milhões ou seja: todo o investimento que ela concretiza em Portugal volta para Angola ou para a Suíça, que é o mais certo, em dividendos. Por outras palavras: investe 100 e depois, a curto prazo, leva 300 todos os anos de dividendos, mantendo sempre os seus 100 investidos.
Esses dividendos não são aplicados em Portugal mas sim vão direitinhos para as contas bancárias da família José Eduardo dos Santos que, depois, compra palácios na américa e noutros continentes, ficando Portugal a chuchar no dedo.
Gostaria de saber para que nos serve este tipo de investimento ? Não cria emprego por que as empresas já existem e já têm os seus empregados;o dinheiro vai para fora de Portugal e é investido noutros continentes, portanto o que os nossos governantes estão a fazer é a vender Portugal aos estrangeiros que depois põem cá os seus colaboradores, criando efectivamente mais desemprego e levando o dinheiro gerado cá para outras partes do Mundo.
Os outros investimentos estrangeiros só têm um objectivo: mão de obra barata e ao fim de uma década vão-se embora com os bolsos cheios...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"...TER VERGONHA DE SER HONESTO"

PELO SEU INTERESSE ABAIXO TRANSCREVO ALGUNS EXCERTOS DE ARTIGOS DE OPINIÃO E COMENTÁRIOS...



"Nessa sua avaliação não há partido que se salve, e por oportuno transcrevo:

- Passam os anos e Portugal fenece, cada vez mais, por via da ação de uma elite política corrupta, interesseira, “tachista”, oportunista e claramente criminosa, que vive num pântano de impunidades, cumplicidades, traições e intrigas.

E tudo isso me faz lembrar Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto "



VOLTAMOS AO TEMPO DA "CAÇA ÀS BRUXAS"? O Fim da Linha - Mário Crespo Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada. Nota: Este texto foi censurado pelo "Jornal de Notícias"